sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Carolina Ferraz: A Diva das novas versões de Janete Clair
sábado, 1 de outubro de 2011
O Clone completa 10 anos de sua estréia
Jade se apaixona por Lucas, mas não consegue viver esse amor. Por causa disso alimenta, sua vida inteira a imaginação de como tudo seria diferente se tivesse dado certo. Ela fantasia um Lucas ideal, um príncipe encantado que vai chegar num cavalo branco. Vinte anos depois os dois se reencontram e o seu príncipe começa a mostrar os defeitos, tornando-se aos olhos da amada, nada mais que um sapo. frustrada com a possibilidade do Lucas que ela amava ter existido apenas em sua mente, surge o Léo. Léo é um clone do Lucas, criado pelo Albieri para suprir duas necessidades do cientistas, a de eternizar as pessoas que amou, impedindo que elas morram(Neste caso, o irmão gêmeo do Lucas, Diogo, que era afilhado de Albieri, morreu no inicio da novela) e a de evocar sua vaidade, sendo o primeiro a criar a vida humana em um laboratório.
Jade conhece Léo e vê no clone do seu amado a possibilidade de viver tudo aquilo que não viveu com o original. Aos poucos a cópia vai mostrando ser aquele Lucas que tanto Jade idealizou, um homem forte, capaz de largar tudo por ela. E é aí que entra o grande conflito da personagem. Como dizia Zoraide "O Passado e o Presente vai se cruzar diante de você na figura de um homem e você vai ter que escolher se anda pra frente ou anda pra trás". A muçulmana fica indecisa entre o ideal e o real, mas no ultimo capitulo ela opta por ficar com o original. Na verdade, quem decide é o Léo, que entre ela e o Albieri, prefere seguir o cientista, que lhe criou.
Tratar, de forma pioneira, de um tema tão polêmico como as drogas no horário nobre também foi um dos pontos importante de O Clone. O núcleo dos drogados foi sutilmente bem trabalhado e explorado em todas as vertentes. Foi discutido como a coisa evolui de um simples baseado para drogas mais pesadas, como tem pessoas que conseguem sair no inicio(Cecéu) e outras não, drogas na gravidez, envolvimento com traficantes e recuperação. Débora Falabella deu um show de interpretação no papel da Mel e fez o país chorar, torcer e se envolver com um marketing social muito importante para a campanha anti-drogas.
Outra que roubou a cena na novela foi a Solange Couto e sua esbaforida "Dona Jura". A dona do boteco em São Cristovão não tinha papas na língua e sempre falava o que tinha de falar, seja quem fosse a pessoa. Seu bar reunia todo o núcleo cômico do folhetim e sempre podia contar com uma atração especial, como Ana Maria Braga, Pelé, Zeca Pagodinho e etc. O personagem foi um divisor de águas na carreira da atriz e causou um boom em todo o país. Não tinha esse que não soltasse um "Né brinquedo, não, hein?".
O Clone cumpriu todas as suas funções. Foi uma novela que entreteu, informou e analisou o mundo de forma antropológica, ética e filosófica. Trouxe em debate o humano vivendo coisas que ele nunca viveu. Encarar o novo com sentimentos antigos no coração. Esse confronto com a tecnologia também foi abordado em Barriga de Aluguel, coma inseminação artificial, De Corpo e Alma, com o transplante de órgãos, e em Explode Coração, com amores surgidos pela internet. Glória Perez mais uma vez emocionou e fez o telespectador refletir. Parabéns O Clone, pelos seus 10 anos de estréia.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Malhação: Desde 95 a Soap Opera Brasileira
O Seriado, que começou retratando os conflitos de um grupo de adolescentes frequentadores de um academia de ginástica, já teve o seu palco e formato mudado inúmeras vezes. A primeira mudança radical foi em 1999, com a transferência do universo dos personagens para o Colégio de Ensino Médio, Multipla Escolha. Outra grande mudança foi na temporada 17, em 2009, com a inauguração da Escola Primeira Opção. Esta trouxe Fiuk como o grande carro-chefe para alavancar a audiência. Agora Malhação inicia sua nova temporada trazendo uma outra roupagem e temas um pouco diferente dos abordados anteriormente. Entre eles, a realidade um menino cego e os mistérios envolvendo um jovem que tem visões.
No inicio, até que Malhação conseguia cumprir o que prometia, ser um espelho dos conflitos enfrentados pelos jovens. No entanto, hoje, nem de longe e olhando com boa vontade, a novelinha consegue ser fiel à realidade da juventude brasileira. Os Jovens não possuem os mesmo dilemas, desafios, conflitos e interesses que possuiam na década de 90. O mundo mudou. Os Adolescentes mudaram. Se tornaram mais modernos, informados, engajados e complexos. Em divergência a isso, Malhação parece ter se tornado mais superficial e concisa a cada temporada que se passa. Acredito que o que falta é a inserção de jovens talentos, não só no elenco, mas também no quadro de roteiristas do programa. E quando falo de Jovens me refiro a idade mesmo. Nada mais coerente que uma história sobre jovens seja contada por, nada mais, nada menos, que os maiores especialistas no assunto, os próprios jovens. Malhação se tornou repetitiva e maçante.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Os Filhos cruéis da Televisão Brasileira
Quem não lembra da mais tradicional filhinha cruel da televisão brasileira, a odiosa Maria de Fátima Acioli, em Vale Tudo(1988)? Na trama de Gilberto Braga, Glória Pires dava vida à golpista que sonhava em ser alpinista social e que, logo no primeiro capitulo, roubava a mãe, deixando-a sem nada e na rua para poder ir pro Rio de Janeiro pôr em prática os seus golpes. Raquel, interpretada pela gloriosa Regina Duarte, sofreu poucas e boas na mãe da filha mau caráter, que além de tudo, ainda renegou a mãe quando a encontrou vendendo sanduiche na praia e ainda a separou do amor de sua vida, O Ivan, por causa de mais uma de suas tramóias.
Falando em Manoel Carlos, claro que não podemos esquecer da história da Filha que roubou o namorado da própria mãe, em Laços de Familia(2000).
Na trama, que se passava no Leblon, Helena namorava Edu, um médico recém-formado, com a metade de sua idade. Em uma viagem a Tokyo, ele conhecia a filha de sua namorada, Camila, e despertava nela uma paixão arrebatadora. A partir daí os laços entre os dois foram se estreitando, até Helena não suportar mais, a ponto de abandonar seu grande amor pelo amor que sentia pela filha. O país ficou revoltado com a personagem de Carolina Dieckman. Na época, até as gravações do casamento de Edu e Camila não puderam ser gravados em uma igreja de verdade, por causa da polêmica. A Igreja não permitiu. Resultado, Camila sofreu horrores com sua leucemia e conseguiu a redenção perante o público.
Voltando para folhetins mais recentes, temos Escrito nas Estrelas(2009), de Elizabeth Jihn. A trama contava a história de um filho que, depois de morto, sentia ciúme do pai com a mulher que ele amava e começava a persegui-lo de todas as formas. A dupla intepretada de forma magnifica por Humberto Martins e Jayme Matarazzo, arrancou tensão e emoção do público.Principalmente no capitulo em que descobrimos que eles foram inimigos em outras vidas.
Então, depois dessa retrospectiva, filhos tratem bem seus pais na vida real e dêem exemplo aos filhos da ficção. E vamos acompanhar os próximos dramas de Griselda com seu filho Antenor. Com certeza, emoção não vai faltar.